Empresas de TI estão entre as mais beneficiadas pela desoneração da folha

Empresas de TI estão entre as mais beneficiadas pela desoneração da folha

Empresas de TI estão entre as mais beneficiadas pela desoneração da folha

Desoneração da folha – Empresas de tecnologias estão entre as maiores beneficiadas pela política de desoneração de folha de pagamento, que foi prorrogada até 2027 (entenda melhor abaixo). A lista completa dos 28 mil beneficiados foi divulgada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os valores que as empresas deixaram de pagar.

Somente entre janeiro e agosto de 2024, foram cerca de R$ 12,3 bilhões que o governo federal deixou de arrecadar. O topo da lista é ocupado por gigantes como a BRF, que ocupa o primeiro lugar, com R$ 237 milhões não pagos como consequência da desoneração. O topo da lista conta com nomes como a AEC e Atento, com valores na casa dos R$ 95 milhões, além da gigante de consultoria Accenture, com R$ 109 milhões.

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Logo na sequência, as empresas de tecnologia dominam o ranking entre a 11ª e a 20ª posição. A Meli Developers, empresa de desenvolvimento de software do grupo Mercado Livre, foi beneficiada com uma isenção fiscal de R$ 84,6 milhões, ficando na posição de número 11. Logo atrás vem a CI&T, com R$ 72 milhões.

A lista segue com F1RST, empresa de TI do Santander, com R$ 66,6 milhões, a Kyndryl, spin off de infra de TI da IBM, com R$ 57,3 milhões, a Stefanini, com R$ 56,1 milhões e a Nu Brasil Tecnologia, empresa de tecnologia do Nubank, com R$ 50,6 milhões.

Outros nomes conhecidos são TCS (R$ 49 milhões), NTT Data (R$ 49 milhões), GFT Brasil (R$ 37 milhões), SAP (R$ 35 milhões), Capgemini (R$ 34 milhões), Minsait (R$ 30 milhões), Compass UOL (R$ 30 milhões), Act (R$ 27 milhões), Thoughtworks (R$ 26 milhões), Zup I.T. (R$ 26 milhões), RD (R$ 25 milhões), Concentrix (R$ 25 milhões), Luizalabs (R$ 25 milhões), Acesso (R$ 24 milhões).

Somadas, essas 20 empresas deixaram de recolher R$ 897 milhões em impostos entre janeiro e agosto deste ano. A desoneração da folha de pagamentos foi instituída em 2011 no governo Dilma Rousseff (PT) para 17 setores estratégicos da economia nacional, entre eles, o setor de TI. Tal política permite a troca da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por uma taxação de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, no caso do setor de TI, 4,5%.

Ao longo dos últimos anos, técnicos do Ministério da Fazenda sempre argumentaram que a renúncia fiscal bilionária gerada pela desoneração não tinha, de fato, benefícios comprovados. A principal justificativa para a política de desoneração da folha é a geração e a manutenção de empregos nestes setores.

Entenda como será a transição até o fim da política de desoneração, em 2028:

2024 – O benefício será integral

As empresas pagam a contribuição sobre a receita bruta, que atualmente substitui o tributo regular de 20% sobre a folha de pagamento

2025 a 2027 – Começa um processo de reoneração gradual a um ritmo de um quarto por ano

O benefício passa a ser híbrido. Enquanto a cobrança da CPRB começa a cair, contribuição sobre a folha de salários passa a ser cobrada: com alíquota de 5% em 2025; 10% em 2026 e 15% em 2027. Não haverá cobrança do tributo majorado sobre a folha do 13º salário.

A partir de 2028 – Não há mais cobrança pelo faturamento

As empresas dos 17 setores passam a pagar a contribuição sobre a folha de salários de 20% — valor cobrado hoje das demais empresas que não são beneficiadas pela desoneração.

(Com informações de Baguete)
(Foto: Reprodução)

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