Novo chatbot chinês – Na semana passada a empresa chinesa Deep Seek lançou um novo chatbot de inteligência artificial (IA) generativa, cujos modelos R1 e V3 conquistaram diversos consumidores, levando a companhia ao topo da Apple App Store. Já nos rankings especializados em chatbots generativos, os produtos da Deep Seek também aparecem em papel de destaque, chamando atenção com suas funcionalidades equivalentes e, até mesmo, superiores que as do ChatGPT.
Excluindo os gastos com pesquisa e desenvolvimento, o treinamento do R1 custou em torno US$ 5,6 milhões, conforme relatou a própria empresa chinesa. Tais valores são muito menores, por exemplo, do que a faixa entre US$ 100 milhões e US$ 1 bilhão gastos pela Anthropic para criar um modelo semelhante. A Oracle e a OpenAI também anunciaram valores bilionários para a iniciativa Stargate, que visa impulsionar o setor de IA nos Estados Unidos.
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Já em um relatório técnico divulgado também pela Deep Seek, foi relatado o uso de cerca de 2 mil chips Nvidia para treinar o modelo V3. A quantia é rigorosamente mais baixa do que as dezenas de milhares de chips geralmente usados para treinar modelos semelhantes. Além disso, os chips são menos avançados do que os usados por empresas concorrentes. Tal fato chama atenção dentro do contexto em que os Estados Unidos aumentam sanções de exportações de chips para a China.
A união de simplicidade com alta performance demonstrada pelos novos modelos de IA chineses, assim como o crescimento de sua popularidade, impactou o setor de tecnologia em escala global. Na Ásia, o banco japonês SoftBank, que integra o projeto Stargate, sofreu uma queda de 8%, impactando a Bolsa de Tóquio, que encerrou com uma perda de quase 1%. As ações de tecnologia também pressionam os índices acionários europeus. Já em Wall Street, o futuro do Nasdaq perde mais de 4%, com salto 47% no índice de volatilidade VIX – uma espécie de índice do medo.
De acordo com analistas do Wall Street Journal, a ascensão rápida da IA chinesa levanta questões sobre os altos custos das pesquisas de tecnologia realizadas pelas Big Techs dos Estados Unidos, além de colocar em xeque a valorização elevada dos fabricantes de chip.
(Com informações de Tilt/Uol)
(Foto: Reprodução)
