Erupção solar – Um agrupamento de manchas solares esteve especialmente agitado nos últimos dias. A região ativa AR4274 produziu dezenas de erupções, incluindo a mais intensa de 2025, que impactou a Terra na terça-feira (11). Após uma breve “trégua”, a atividade voltou a aumentar e, na sexta (14), o Sol registrou uma explosão de classe X4.
Conforme previsto por climatologistas espaciais, o material ejetado por esse evento, o segundo mais forte do ano, atingiu o planeta “de raspão” no início da madrugada de domingo (16), por volta da 1h, no horário de Brasília.
LEIA: China faz primeira entrega em massa de robôs humanoides para operações industriais
A Terra já está fora da linha de impacto da AR4274. A mancha solar se virou para o lado oculto do Sol, onde permanecerá durante as próximas duas semanas, acompanhando a rotação de aproximadamente 27 dias do astro.
Entenda o fenômeno
O Sol passa por ciclos de atividade de 11 anos. Atualmente, ele se encontra no chamado Ciclo Solar 25, nome que se refere aos períodos monitorados de perto pelos cientistas. No auge desses ciclos, a superfície solar apresenta uma grande quantidade de manchas, áreas que concentram energia e onde as linhas magnéticas podem se emaranhar até “estalar”, liberando rajadas de vento.
Segundo a NASA, essas rajadas são explosões massivas que disparam jatos de plasma, campos magnéticos, as chamadas ejeções de massa coronal (CMEs), e partículas carregadas de radiação. As explosões são classificadas pelas letras A, B, C, M e X, de acordo com a intensidade de raios-X emitidos.
Cada classe é dez vezes mais intensa que a anterior, e os números logo após a letra indicam o grau de força dentro da categoria. Assim, um flare X2 é duas vezes mais forte que um X1, um X3 é três vezes mais potente e assim por diante.
Mancha solar continua ativa, mas mirando para longe da Terra
De acordo com a plataforma Spaceweather.com, a CME que tocou a Terra de forma tangencial no domingo não desencadeou tempestades geomagnéticas. Mesmo assim, o clima espacial permanece dinâmico.
O guia de observação EarthSky.org aponta que, apesar de estar voltada para outra direção, a AR4274 continua explodindo. Ela foi responsável por todas as 20 CMEs fracas e moderadas emitidas pelo Sol entre a noite de sábado (14) e a de domingo (16). Isso indica que a região ainda tem “munição”, apenas não está mais direcionada ao nosso planeta.
Fenômeno também é observado em estrela próxima
Além da atividade solar, outra descoberta recente chamou a atenção. Um artigo publicado na revista Nature relatou a primeira observação de uma estrela relativamente próxima lançando ao espaço um fluxo de plasma conhecido como ejeção de massa coronal, o mesmo tipo de fenômeno observado no Sol.
A detecção foi realizada pela sonda XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), em conjunto com o radiotelescópio LOFAR, uma rede de antenas distribuídas por vários países europeus. A confirmação direta de que outras estrelas também produzem CMEs representa um avanço significativo para a astronomia e para a compreensão dos processos magnéticos estelares.
(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/piumikawshalya)


