Exército quer nova estatal para modernização e fortalecimento da indústria de defesa no Brasil

Foram iniciados os estudos para a criação da ENDEFORTE, estatal voltada ao financiamento de programas estratégicos da Força Terrestre

Exército – O Exército Brasileiro formalizou o início dos estudos para a criação da Empresa Nacional de Desenvolvimento da Força Terrestre (ENDEFORTE). A iniciativa foi oficializada durante uma cerimônia no Quartel-General, em Brasília, com a assinatura de uma carta de intenções que permite avançar na proposta.

A futura empresa pública terá como função financiar ações estratégicas da instituição, sempre dentro dos limites estabelecidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA).

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A proposta prevê que a ENDEFORTE seja uma estatal não dependente, vinculada ao Ministério da Defesa por meio do Comando do Exército, com sede em Brasília. Dessa forma, a Força Terrestre contará com uma estrutura semelhante às já existentes na Marinha e na Aeronáutica, que operam empresas específicas voltadas à execução de projetos e captação de recursos.

O objetivo central é ampliar a capacidade de financiamento para programas de modernização tecnológica, aquisição de sistemas e desenvolvimento de projetos de longo prazo. Entre as áreas que poderão ser contempladas estão defesa cibernética, comunicação estratégica, monitoramento de fronteiras, veículos blindados e processos de informatização.

Os programas estruturantes do Portfólio Estratégico do Exército, conduzidos pelo Escritório de Projetos da Força, também estão entre os possíveis beneficiados. Esse conjunto inclui 13 iniciativas, como Astros, Forças Blindadas, Sisfron, Amazônia Protegida e Defesa Cibernética.

Além de apoiar diretamente projetos militares, a ENDEFORTE tem como missão impulsionar a Base Industrial de Defesa nacional. A expectativa é que o mecanismo amplie investimentos em pesquisa, inovação e desenvolvimento, fortalecendo segmentos industriais especializados e aumentando a oferta de empregos qualificados.

A criação da estatal ainda depende de avaliação e aprovação do Congresso Nacional. A assinatura do documento de intenções marca o início do processo institucional e abre espaço para a definição dos mecanismos jurídicos, administrativos e financeiros necessários para a implementação da empresa.

(Com informações de Revista Fórum)
(Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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