Data centers – A demanda por energia consumida pelos data centers deve quase triplicar nos próximos dez anos, impulsionada principalmente pela expansão de sistemas de inteligência artificial. A projeção aparece em um relatório da BloombergNEF, que calcula que essas instalações chegarão a consumir 106 gigawatts até 2035 – bem acima dos atuais 40 gigawatts.
O estudo destaca que a corrida pelas megaestruturas se concentrará em áreas rurais, onde há mais espaço disponível para projetos de grande porte. Hoje, apenas 10% dos centros de dados ultrapassam 50 megawatts, mas as construções previstas para a próxima década deverão superar, em média, 100 megawatts. Cerca de um quarto deve passar dos 500 megawatts, e alguns chegarão a mais de 1 gigawatt.
LEIA: IA amplia em milhões de anos a linha do tempo da vida na Terra
Além disso, a taxa média de utilização deve avançar de 59% para 69%, puxada pelo aumento das operações de IA, que deverão representar cerca de 40% da capacidade computacional total.
A corrida global por novas estruturas também levou os investimentos no setor a US$ 580 bilhões em 2024, ultrapassando até mesmo os valores destinados à busca por reservas de petróleo no mundo.
Grande parte da nova capacidade está sendo planejada para estados atendidos pela PJM Interconnection, responsável por manter a estabilidade da rede elétrica em regiões como Virgínia, Ohio, Pensilvânia e Nova Jersey. O ritmo de expansão, porém, já levantou questionamentos.
A Monitoring Analytics, entidade responsável pela fiscalização independente do mercado da PJM, acusa o operador de autorizar novas conexões sem garantir que a rede possa suportar a carga adicional. Segundo a organização, o avanço dos data centers também pressiona os preços da energia. A denúncia foi enviada à Comissão Federal de Regulamentação de Energia (FERC), que agora deve avaliar se a PJM deixou de aplicar suas próprias normas de confiabilidade.
(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/DC Studio)


